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Notícias
13/10/2021



O desafio partiu do Movimento Vencer e Viver, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que vai desenvolver campanha de sensibilização, informação e angariação de novas voluntárias para a causa.

Por intermédio da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), os comerciantes da cidade foram desafiados a decorar as montras, reais e virtuais, com motivos rosa diversos, de forma a apoiar o Movimento Vencer e Viver, que de 18 a 23 de outubro vai desenvolver diversas ações de sensibilização, de informação e também angariação de novas voluntárias, para a luta contra o cancro da mama.

Os comerciantes aderentes têm toda a liberdade para a decoração das respetivas montras, podendo usar o simbólico laço rosa, ou simplesmente flores, balões ou outros adornos, desde que usem a cor que identifica a campanha e o movimento.

Vencer e Viver é um movimento de entreajuda que visa o apoio a todas as mulheres, familiares e amigos desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama. Baseia-se no contacto pessoal entre a mulher que se encontra a viver uma situação de particular vulnerabilidade e uma voluntária, que vivenciou uma situação semelhante.

Em Bragança Lídia Praça é uma das representantes deste Movimento e sublinha a importância da informação, como forma de prevenir, mas também a importância da partilha, do apoio, da solidariedade que as mulheres com a patologia do cancro da mama encontram no Movimento. “Prestamos apoio psicológico, apoio logístico, doamos muito material ou vendemos a preços simbólicos alguns materiais que as mulheres precisam no seu processo de recuperação e de reintegração na vida ativa”, explica. Para ser voluntária deste movimento é necessário ser uma sobrevivente, alguém que já viveu a experiência na primeira pessoa, porque é essa experiência que lhe dá competências emocionais e a empatia necessária para lidar com mulheres que enfrentam o mesmo desafio.

Estas voluntárias usam as instalações da Liga Portuguesa Contra o Cancro para fazer atendimento, é ali que recebem quase diariamente uma nova mulher que procura compreensão, que procura esperança.

“Queremos ter sempre alguém disponível para receber quem nos procura, mas como somos poucas às vezes é complicado”, refere Lídia Praça. Por essa razão insiste na necessidade de angariar mais voluntárias.  

O perfil da voluntária exige que já tenha recebido um diagnóstico de cancro da mama, que tenha capacidade e facilidade em expor a sua experiência pessoal, sendo por isso um símbolo de esperança e confiança para as mulheres que enfrentam essa luta.

O Movimento, para além do contacto direto com as mulheres com diagnóstico de cancro da mama, disponibiliza ou gratuitamente ou a preços simbólicos próteses mamárias, suportes (soutien), fatos-de-banho ortopédicos, cabeleiras e outros materiais a preços mais reduzidos.

Outra das responsabilidades deste Movimento é a participação em ações de divulgação pública e junto da comunidade, porque a sensibilização e a informação são os pilares essenciais da prevenção desta patologia.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher.

 

Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7.000 novos casos e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

O cancro da mama é uma das doenças com maior impacto na nossa sociedade, não só por ser muito frequente, e associado a uma imagem de grande gravidade, mas também porque agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade.