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Face à impossibilidade de realizar o tradicional jantar de Natal a empresa decidiu, em alternativa, contribuir para a Ceia de cada um dos colaboradores e, ao mesmo tempo, ajudar o comércio local.
Os 783 colaboradores da Faurécia Bragança, receberam, respetivamente, um voucher de 20€ para compras em minimercado, supermercados e pastelarias da cidade de Bragança, associados da ACISB.
“Estamos numa situação atípica, não podendo realizar o nosso Jantar de Natal, onde juntamos todos os nossos colaboradores, pensamos em alternativas e, entre as várias ideias, optamos por esta”, adianta Patrícia Oliveira, responsável de Recursos Humanos na fábrica que a multinacional tem em Bragança.
Uma iniciativa que, acrescenta, tem duas componentes importantes: “por um lado reforçamos o apoio aos nossos colaboradores e, por outro lado, conseguimos apoiar o comércio local, sabendo nós que o comércio é um dos setores mais afetado pela pandemia”.
A ideia foi agilizada em colaboração com a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), que facultou a listagem dos seus associados nas duas áreas de serviços solicitadas pela empresa. A Faurécia Bragança distribuiu, de forma equitativa, o número de vouchers, todos no mesmo valor, pelos estabelecimentos identificados. “Cada um dos Vouchers está assignado a um determinado estabelecimento comercial e os colaboradores só podem descontar esse valor nesse local”, explica Patrícia Oliveira. Em média cada minimercado, supermercado ou pastelaria, tem assignados 37 vales de compras, o que representa uma média de 750€ por estabelecimento.
A Faurécia, com muita frequência envolvida em ações de solidariedade que beneficiem a comunidade onde está inserida, manifesta uma vez mais o espirito de partilha e de responsabilidade social que é apanágio da sua conduta.
“A iniciativa devia ser replicada por outras empresas e instituições”
A presidente da ACISB, Maria João Rodrigues, agradece e louva a iniciativa da Faurécia, considerando que é um exemplo que podia ser replicado por outras empresas e instituições.
“Ficamos agradavelmente surpreendidos por termos sido contactados pela Faurécia para ajudar a implementar esta iniciativa que vai injetar quase 16 mil euros no comércio local”, refere. “Aliás, aproveitamos para lançar o repto a outras empresas e a instituições que tradicionalmente juntavam os colaboradores num jantar de Natal, para que, se puderem, não cancelem este agrado, substituam-no e apoiem as famílias e o comércio e serviços”, defende.
Maria João Rodrigues aponta até algumas ideias simples que podem fazer toda a diferença nesta altura de grande dificuldade: “Porque não oferecer aos colaboradores Vouchers com uma refeição num restaurante na cidade? Não podemos ir ao restaurante em grupos grandes, mas em família ou em pequenos grupos de colegas e amigos podemos”, sugere a presidente da ACISB.
A restauração tem sido dos setores da economia mais afetados com a crise, para além da própria quebra no consumo por parte da população, sofreram a imposição de regras de adaptação dos espaços rigorosas, tiveram de investir em segurança, de reduzir para metade a capacidade de atendimento e, depois de tudo isso, viram-se obrigados a encerrar ao final-de-semana que é o período de maior procura. Este ano também não é possível fazer os habituais jantares de Natal e, mais uma vez, a restauração sofre com este contexto.